Esse texto é um pequeno guia para te atualizar sobre a Varíola dos Macacos.
O Brasil entrou há pouco no surto internacional da Monkeypox, ou como ficou popularmente conhecida, a varíola dos macacos.
Mesmo que a maioria dos casos sejam leves e tratados de forma simples, estudos mostram que nos casos mais graves, essa doença pode causar até danos neurológicos.
Depois de passar por uma pandemia, é claro que ficamos em estado de alerta para possíveis perigos.
A tranquilização e informação básica é o que devemos para a população, mas em uma farmácia, os profissionais precisam conhecer sobre as decisões do Ministério da Saúde como a palma da mão. Só assim é possível fazer o melhor pela nossa comunidade.
Apesar do curto período de tempo, já registramos muitos casos, e algumas mortes por varíola dos macacos. Então leia essa matéria para entender todo o necessário para a defesa contra essa doença.
Nesse começo, queremos que você entenda mais sobre o que é essa doença, como ela surgiu, como a transmissão acontece, quais são os grupos de risco e como o diagnóstico pode ser feito.
Continue lendo para entender.
A definição do informativo oficial do ministério da saúde é:
“A Monkeypox (MPX), varíola dos macacos ou varíola símia é uma doença causada pelo Monkeypox vírus, do gênero Orthopoxvirus e família Poxviridae. Trata-se de uma doença zoonótica viral, em que sua transmissão para humanos pode ocorrer por meio do contato com:
Doenças zoonóticas são aquelas infecciosas transmitidas entre animais e pessoas. Já as doenças virais são aquelas transmitidas por vírus ou bactérias.
Então a Varíola dos macacos é uma doença que foi propagada pela transmissão de vírus no contato entre humanos e animais.
Em seu início a doença ficou restringidas às regiões da África Ocidental e Central
Acredita-se que o contato ou ingestão de roedores contaminados foi a causa da transmissão do vírus monkeypox para os seres humanos.
Ela começou a se propagar mas se manteve contida em países como:
O primeiro caso de varíola dos macacos em humanos foi registrado em 1970 na República Democrática do Congo, num menino congolês de 9 anos.
A principal forma de transmissão da monkeypox acontece no contato direto entre pessoas através da pele em contato com as secreções. Essa exposição próxima e por muito tempo, com gotículas e outras secreções respiratórias geralmente são o principal meio de transmissão.
Então uma pessoa infectada tem o foco de transmissão nas lesões e erupções na pele e fluidos do corpo como sangue dessas erupções ou pus.
Úlceras, lesões ou feridas na boca também podem causar infecção. Isso significa que o vírus pode sim ser transmitido por meio da saliva.
Objetos contaminados recentemente pelo contato com uma pessoa doente:
É preciso contato próximo com paciente infectado para transmissão aérea através das gotículas. Isso faz com que o maior risco seja para profissionais de saúde, familiares e parceiros íntimos e pessoas que fazem parte do grupo de risco da doença.
Alguém que esteja contaminado pode deixar a transmissão acontecer desde de quando os sintomas começam até que os machucadinhos tenham cicatrizado por completo e a camada de pele nova se forme.
Uma pessoa pode transmitir a doença desde o momento em que os sintomas começam até a erupção ter cicatrizado completamente e uma nova camada de pele se formar.
Os grupos de risco para a varíola dos macacos são:
Mas até o momento, estar fora do grupo de risco não nos isenta de sofrer com a forma mais grave da doença.
A varíola dos macacos pode ser diagnosticada com teste de moléculas em laboratório e os pacientes são testados depois de apresentarem suspeita.
Mas como você verá mais adiante, outras doenças são descartadas primeiro.
Os enfermeiros analisam a amostra coletada do paciente. Geralmente essa amostra é colhida das secreções liberadas pelas lesões. Se as lesões estiverem secas, os enfermeiros colhem pequenas raspagens das casquinhas das feridas.
Na maioria das vezes, o período de tempo entre o primeiro contato e o início dos sintomas (incubação) dura de 3 a 16 dias e em alguns casos até 21 dias.
Esses são os sintomas mais leves da doença. Porém, em casos raros, o paciente pode experimentar manifestações mais perigosas da doença.
Em geral, essas manifestações clínicas incluem lesões na pele na forma de bolhas ou feridas. Essas lesões podem surgir em diversas partes do corpo, como rosto, mãos, pés, olhos, boca ou genitais.
De acordo com estudos, a doença causada pelo vírus monkeypox também pode provocar complicações neurológicas em casos mais raros.
Como te mostramos mais acima, antes que o teste para varíola dos macacos seja feito, algumas doenças devem ser descartadas. Como:
É comum confundir a varíola dos macacos com essas doenças já que o principal final de todas elas são as pequenas lesões na pele.
Como a varíola dos macacos ainda se limita a um pequeno número de casos, é sábio garantir que não sejam outras doenças antes de seguir em frente com os exames.
Então, desde o reaparecimento dos casos, os profissionais de saúde adotaram esse tipo de procedimento como parte da rotina.
De acordo com dados do Ministério da saúde, hoje, o Brasil já registra 8.652 casos confirmados e 4.894 casos suspeitos de varíola dos macacos.
Com isso, o país fica em quinto lugar no ranking mundial da doença.
De acordo com matéria publicada na CNN:
“A Secretaria de Estado da Saúde de São Paulo comunicou neste domingo (16) que o estado registrou, no sábado (15), a segunda morte por varíola dos macacos. O paciente era natural de Santos, de 36 anos, tinha comorbidades e estava internado em Praia Grande desde o início de setembro.”
Sabemos de comorbidades podem comprometer o sistema imunológico dos pacientes, e por isso, eles podem fazer parte dos grupos de risco de doenças que dependem de atuação do sistema imunológico.
Apesar das singularidades que todo novo surto pode trazer, em uma entrevista para o Estadão, recebemos notícias positivas, veja só:
“Embora o governo de São Paulo tenha registrado as duas primeiras mortes por varíola dos macacos no Estado em um período de poucos dias, a última delas ocorrida neste sábado, 15, não há tendência de alta de casos. Pelo contrário, as ocorrências estão em queda já há alguns meses.
[...]Ao mesmo tempo, ainda não há previsão para início da vacinação contra o vírus no País, o que poderia conter ainda mais a contaminação. Ao menos sete mortes por monkeypox já foram notificadas no País – as outros ocorreram em Minas Gerais e no Rio de Janeiro.”
A página informativa oficial do Ministério da saúde deixou informações detalhadas para a prevenção dessa doença, veja só:
“A principal forma de proteção contra a monkeypox é a prevenção. Assim, aconselha-se a evitar o contato direto com pessoas com suspeita ou confirmação da doença. E no caso da necessidade de contato (por exemplo: cuidadores, profissionais da saúde, familiares próximos e parceiros, etc.) utilizar luvas, máscaras, avental e óculos de proteção.
Pessoas com suspeita ou confirmação da doença devem cumprir isolamento imediato, não compartilhar objetos e material de uso pessoal, tais como toalhas, roupas, lençóis, escovas de dente, talheres, até o término do período de transmissão.
Lave regularmente as mãos com água e sabão ou utilize álcool em gel, principalmente após o contato com a pessoa infectada, suas roupas, lençóis, toalhas e outros itens ou superfícies que possam ter entrado em contato com as erupções e lesões da pele ou secreções respiratórias (por exemplo, utensílios, pratos).
Lave as roupas de cama, roupas, toalhas, lençóis, talheres e objetos pessoais da pessoa com água morna e detergente. Limpe e desinfete todas as superfícies contaminadas e descarte os resíduos contaminados (por exemplo, curativos) de forma adequada.”
Apesar dos perigos por trás da propagação da doença, a maioria dos casos vai ficar entre leves e moderados.
Veja aqui algumas informações sobre como a doença tem sido tratada.
Geralmente a varíola dos macacos é eliminada de forma natural pelo sistema imunológico depois de aproximadamente 4 semanas.
Portanto, a cura dessa doença é natural e sem necessidade de um tratamento específico para a doença.
Mas, para acelerar a cura, os médicos podem indicar medicamentos próprios para combater o vírus.
Pelo fato de a cura acontecer através do próprio sistema imunológico, o tratamento para varíola dos macacos são apenas alguns suportes para evitar cicatrizes, diminuir a chance de complicações e aliviar os sintomas.
Até o momento não existem medicamentos específicos para monkeypox que sejam aprovados.
Em entrevista para a CNN, vemos que apesar disso, nos casos mais graves, a intervenção médica pode ser fundamental:
“Os medicamentos que podem ser utilizados em caso de dor ou febre são dipirona e paracetamol. Para casos mais severos, o uso de opióides, sob prescrição médica, pode ser necessário.
O médico infectologista Estevão Portela, vice-diretor do Instituto Nacional de Infectologia (INI/Fiocruz), afirma que a dor é um dos fatores que pode levar um paciente com varíola dos macacos a precisar de internação.
"As lesões, principalmente as genitais e anais, podem ser muito dolorosas e limitar a atividade da pessoa. Os diversos centros de internação criam protocolos para o manejo dessa dor que eventualmente pode ser, dependendo do grau de intensidade, um manejo ambulatorial com analgésicos por via oral, mas eventualmente o ajuste desse tratamento analgésico exige a internação para um tratamento mais intenso com medicações controladas’, explica.”
No dia 25 de agosto, a diretoria Colegiada (Dicol) do Ministério da saúde, aprovou a dispensa do registro para importar e utilizar a vacina Jynneos/Imvanex para imunização contra a varíola dos macacos por unanimidade.
Por isso, em breve será possível termos acesso à vacinação aqui no Brasil.
No início do mês de outubro o Ministério da Saúde recebeu a primeira remessa de vacinas, com 9,8 mil unidades.
Veja aqui as respostas para as dúvidas mais comuns sobre a Varíola dos macacos.
O atual surto não tem a participação de macacos na transmissão para seres humanos, então muitos ficam curiosos para saber a origem do nome popular da doença.
O nome vem da descoberta inicial do vírus em macacos em cativeiro num laboratório dinamarquês em 1958.
De acordo com matéria do portal do Dr Drauzio Varella:
“De mais 27 mil casos no mundo todo, apenas 9 pacientes morreram até agora. Foram pessoas que tiveram formas mais graves da doença, com acometimento do olho, cérebro ou pulmões.”
A transmissão atual acontece somente entre humanos. Apesar de levar o nome de “varíola dos macacos”, como vimos, a transmissão da doença não está relacionada aos macacos.
Assim como em toda calamidade pública, as farmácias devem estar preparadas para cuidar dessa urgência na comunidade.
Então é importante tomar medidas como:
Estar atualizado sobre o cenário da saúde, nacional e internacional, é certamente uma vantagem competitiva para o estabelecimento farmacêutico. Por isso, mantenha a equipe de farmácia pronta para ler sobre saúde e atender ao público de forma completa.
Se você achou esse assunto interessante, leia essa matéria sobre pesquisa de satisfação em farmácias e como implementar essa ferramenta.
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